quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Mas que grande ordenado!


O Paulo Macedo, o brilhante director-geral do Impostos!

Aqui vai mais um dos motivos pelos quais continuo a achar a minha acção como anarquista fundamental, no contexto desta política à portuguesa, que nunca deixa de nos surpreender. O Expresso avançou na terça-feira com um “furo”, segundo o qual o Paulo Macedo, o director-geral dos Impostos, ia abandonar o cargo que ocupa desde 2005, onde era considerado um ás. Acontece que o Paulo Macedo ganhava, no exercício desta função, mais de 23 mil euros brutos!

De acordo com a lei vigente, qualquer pessoa que ocupe um cargo no funcionalismo público não pode ganhar mais do que o primeiro-ministro, ou seja, um pouco mais de 5.360.85 euros. Portanto, o Paulo Macedo – por qualquer milagre ou manigância política – estava a ganhar uma brutalidade vergonhosa. Embora eu próprio tenha procurar apurar desde quando é que esta situação vigorava, não consegui saber, o que também me leva à conclusão de que a informação de que os cidadãos dispõem está controlada, amordaçada.

O Teixeira dos Santos, que é o ministro das Finanças e, portanto, o superior hierárquico do Paulo Macedo tentou, e cito o Expresso, “encontrar outras formas de remuneração que permitissem a Macedo continuar”. Seria uma casa com piscina à beira-mar, uma oferta por baixo da mesa de dois carros topo de gama, benefícios fiscais, participação como accionista numa das empresas do Estado? Mistério... Mas o Macedo, teimoso, não quis e prefere voltar para o BCP, onde era quadro (topo de gama). Para finalizar, digam-me lá, se não é de acabar, definitivamente, com tanto abuso?

terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Mais uma escandaleira política

A Câmara Municipal de Lisboa tem sido cenário das piores tramas da política nacional, de tal forma que eu, como anarquista, não resisto a comentar e denunciar o que se tem passado por lá. Ora, o vice-presidente da Câmara, o Fontão de Carvalho, foi constituído arguido há mais de dois meses no âmbito do processo dos prémios de gestão, no valor de 180 mil euros, atribuídos aos administradores da EPUL. Só que decidiu, apesar disso, manter-se em funções!

E lá continuou o Fontão, apesar de arguido num processo judicial, a exercer o seu cargo público com a maior naturalidade. No entanto, na semana passada, lá resolveu reconhecer a sua situação publicamente, mantendo-se embora em funções, “com a consciência tranquila”, como afirmou. Só no dia seguinte é que – finalmente! - decidiu suspender o seu mandato.

Claro que depois de toda esta escandaleira, em que até o presidente da Câmara, o Carmona Rodrigues, manifestou a sua “solidariedade pessoal” ao Fontão, andam todos a pensar em eleições intercalares. Mais uma vez, fico boquiaberto com a facilidade com que a corrupção se instala no poder político. É-se arguido num processo judicial, pois sim, continuo em funções, mas não digo nada a ninguém... Eu, que sou anarquista, não proponho eleições intercalares, mas a extinção da Câmara, tal como a conhecemos.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Uma derrota da democracia parlamentar

Francamente, não sei se devo regozijar-me ou lamentar o referendo sobre o aborto que ontem teve lugar. É que, para mim, as questões envolvidas em todo este fenómeno são tão complexas que me deixam o raciocínio em suspenso, talvez ao contrário de tantos comentadores e políticos, tão seguros das suas verdades.

Leia o artigo completo

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Acabar com o tomate



Mais uma vez, Bruxelas empenha-se em dar cabo deste cantinho à beira-mar plantado: De acordo com uma nova proposta, irá lançar um novo modelo de “ajudas”, segundo o qual os produtores de tomate serão pagos mesmo que não produzam! Sugiro que leiam esta notícia que publiquei sobre isto no Contracorrente.

Tendo sido produzidas 1210 toneladas de tomate na campanha de 2005-2006, Portugal – para que se veja – é o segundo maior produtor mundial de tomate, depois da Califórnia. Agora, digam-me só se não é incrível que Bruxelas pague para que, em última instância, se deixe de produzir! Como anarquista e cidadão deste país, revolto-me contra estas políticas comunitárias a que estamos sujeitos.

Pertencemos a uma União Europeia de super-ricos, com produções excendentárias, que preferem deitar fora a sua produção alimentar a, por exemplo, canalizá-la para países que sofrem o pesadelo da fome. E o nosso governo continua impávido e sereno a aceitar todos estes ditames. A escravizar-nos à Europa.

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Mudança de casa

Caros amigos,

Esta é a nova casa d'O Anarquista. Lamento não ter informado os meus amigos e visitantes antecipadamente, mas a minha mudança da plataforma do Sapo para esta do Blogger foi tão súbita, que não me deu tempo, pelo que peço as minhas desculpas. Irei contactá-los o mais rapidamente possível, para que me visitem aqui e... mudem os vossos links!

Espero que gostem desta nova morada, onde continuarei a desfazer o poder de alto a baixo, como é minha convicção de anarquista, e como tem sido a minha missão desde que me conhecem.

Obrigado e Viva a Anarquia!