Mais uma vez, Bruxelas empenha-se em dar cabo deste cantinho à beira-mar plantado: De acordo com uma nova proposta, irá lançar um novo modelo de “ajudas”, segundo o qual os produtores de tomate serão pagos mesmo que não produzam! Sugiro que leiam esta notícia que publiquei sobre isto no Contracorrente.
Tendo sido produzidas 1210 toneladas de tomate na campanha de 2005-2006, Portugal – para que se veja – é o segundo maior produtor mundial de tomate, depois da Califórnia. Agora, digam-me só se não é incrível que Bruxelas pague para que, em última instância, se deixe de produzir! Como anarquista e cidadão deste país, revolto-me contra estas políticas comunitárias a que estamos sujeitos.
Pertencemos a uma União Europeia de super-ricos, com produções excendentárias, que preferem deitar fora a sua produção alimentar a, por exemplo, canalizá-la para países que sofrem o pesadelo da fome. E o nosso governo continua impávido e sereno a aceitar todos estes ditames. A escravizar-nos à Europa.
Será que teremos agora uma série de "neo-produtores de tomate"?
ResponderEliminarE ainda há quem pense que são o PM ou o PR que mandam alguma coisa neste país...
Isto é um crime, com a fome em tantos lados do mundo!
O problema do tomate existe e é bem real. Só que, infelizmente não é o único que não existiria se os políticos corruptos não tivessem transformado este país numa lixeira à beira-mar abandonada.
ResponderEliminarCom efeito, poucos são os portugueses que conhecem que na cozinha internacional, com uma grande pata francesa, a maioria dos pratos com tomate são nomeados “à portuguesa”, à excepção dos que a massa entre na sua confecção (italianos). Isto prova bem a tradição e relação do tomate com Portugal, e fomentou o conhecimento mundial.
Agora querem vir impor mudanças desajustadas. Com políticos portugueses abortos em Bruxelas, provavelmente também desconhecedores da tradição, é natural que o Zé Povinho é que venha a pagar.
Por outro lado, não podemos esquecer que os fundos de coesão da União Europeia, destinados a preparar o país para o futuro, foram bem recebidos pelos governos de Cavaco e Silva. Nunca ninguém aqui fala, ou melhor, todos nos escondem o que os franceses fizeram com esses fundos em relação à agricultura.
Modernizaram e remodelaram completamente a agricultura em França, que era arcaica como em todos os países latinos e na maioria dos europeus. Numa altura que aqui raros eram aqueles que tinham uma pequena ideia do que era um computador, todas as quintas agrícolas passaram a ter um, pelo menos. O estado proporcionou cursos de agricultura moderna para todos os agricultores e filhos, visto a agricultura ser familiar e fixar as famílias às terras.
Simultaneamente, os governos franceses têm sempre tentado literalmente açambarcar e dominar a agricultura europeia para eles sós. É verdade que estes factos, que com tanta malvadez nos escondem, não aconteceram sem grandes demonstrações dos agricultores ao nível nacional, de que as portuguesas não passam duma pequena amostra.
Os abortos que nos governam só têm tido esperteza de parasitas para viverem à nossa custa sem nada de útil fazerem.
Caros autores do texto e dos comentários,
ResponderEliminarOs nossos políticos não podiam ser melhores porque são retirados do seio desta população indiferente, desleixada, anestesiada por sucessivas lavagens ao cérebro, e nem sequer são os melhores exemplares do nosso povo. Antes pelo contrário, são aqueles que não foram capazes de sobreviver sem ser à sombra do orçamento. A única virtude que possuem é serem da «confiança política» de um familiar ou amigo.
Quanto à nossa perda de soberania em benefício da UE, sugiro a leitura do livro «Clube Bilderberg, os senhores do mundo» de Daniel Estulin, ed. Círculo de Leitores.
Nele se fica a saber:
- Porque se reúnem os cem mais poderosos do mundo todos os anos durante quatro dias;
- O porquê do silêncio dos media em reacção a estas reuniões;
- Que vínculos existem entre o Clube Bilderberg e os serviços secretos ocidentais;
- Quais os planos do Clube Bilderberg pra o futuro da humanidade.
A criação de um Estado Único Mundial está em marcha. A soberania dos Estados está a passar para as organizações supra-nacionais, UE, OMC, ONU com todas as suas agências, etc. E no meio destas manobras os políticos procuram sobreviver e só o conseguem, agradando ao Clube. Têm sido apoiados por ele: Guterres, Balsemão, Durão Barroso, Morais Sarmento, Santos Silva, etc
Cumprimentos
A. João Soares
É caso para dizer que é mesmo preciso "tomates" para seguir estas políticas. Num país em que já pouco ou nada se produz, e o que se produz está maioritariamente nas mãos de estrangeiros, nomeadamente espanhóis, estas medidas de cariz proteccionista não são certamente solução eficaz e de futuro para a nossa economia.
ResponderEliminarAbraço.
Espanta-me ler este post. Há vários anos que todas as produções agricolas recebem subsídio mesmo que não produzam. O Regime de Pagamento Unico faz uma média da produção dos anos anteriores para pagamento de subsídios. Como podem imaginar as coisas já não vão poder piorar muito.
ResponderEliminarNo meu caso, ao abrigo do RPU tive direito a subsídio à produção de azeite durante dois anos a seguir a arrancar o olival. E ironicamente depois de receber a compensação pelo arranque e a comparticipação para transformar a àrea em montado de sobro.
Especificamente acerca do tomate, lembro-me que nos anos 80 num raio de 200Km podiam-se encontrar 4 fábricas de processamento de tomate. Hoje apenas uma funciona e não sei por quanto tempo mais, de modo que os fornecedores de matéria prima são obrigados a formar fila durante a noite para poderem descarregar no dia a seguir. È irónico pensar que o porco no nosso prato foi engordado com tomates de melhor qualidade que a salada que o acompanha...
foi assim que nos nornamos num país de fazedores de nada e coisa nenhuma ...
ResponderEliminarFORÇ'AÍ!
js de http://pliticatsf.blogs.sapo.pt
mas até quando é que vamos viver dependentes dos ditames imperialistas e esmagadores dos povos bárbaros do Norte?
ResponderEliminaraté que nos livremos destas cangas que os germanos nos meteram e assumamos a nossa verdadeira alma lusitana: mediterrânica, universalista e criativa. tudo coisas que repugnam aos bárbaros dos frios e escuros países do norte.
Sabe qual é o nosso mal no respeitante á AGRICULTURA deste País.
ResponderEliminarFicámos encostádos á BANANEIRA esperando os SUBSIDIOS para não produzir nada de nada.
Temos COTA disto COTA daquilo , mas COTA de PRODUÇÃO é coisa que não se usa em PORTUGUÊS.
Se a própria BOLOTA para os PORCOS está-se acabando com os CORTES de tudo o que seja ARVOREDO (CARVALHOS/SOBREIROS/EUCALIPTOS/PINHEIROS/MEDRONHEIROS enfim toda a qualidade de ARVORE).
NADA SOMOS e QUEM MANDA AQUI (PORTUGAL) É OS BUROCRATAS DE BRUXELAS, que poem e dispoem neste CANTINHO.
Não temos capacidade de nada , pois os subsidios são um estimulo para isso mesmo (nada produzir).
Não tenhamos ilusões , com o corte da COTA do TOMATES ficamos mesmo sem tomátes.
Por alguma razão quizeram cortar as PERNAS ás OBRAS na MADEIRA, o crescimento na MADEIRA estava dando embulho a alguns POLITICOS de PACOTILHA que nada produzem e só estão ali para chatiar quem TRABALHA ou tenta TRABALHAR.
Corta-se em tudo o que seja de BENEFICIO do POVO (SAUDE) mas não se corta em BENEFICIO do BEM ESTAR DE POLITICOS que recebem para nada PRODUZIR.
TEMOS cada vez mais DESEMPREGO , mas verifica-se que os TACHOS continuam sendo ocupádos por GENTE que nada produzem.
Temos OBRAS á ANOS para acabar mas nada se vê para que as mesmas acabem , UM GASTO DE MILHÕES E MILHÕES de EUROS para OBRAS e para uma SAUDE não existe DINHEIRO.
Uma TRISTEZA. touaqui42