Como anarquista, não deixo de me surpreender com este “admirável mundo novo” da globalização neoliberal. Se não em todos, na esmagadora maioria dos casos, as inovações tecnológicas a que temos vindo a assistir servem muito mais os propósitos do complexo poder-empresas, do que os indivíduos, os cidadãos. A estes é dado aquilo que considero um papel instrumental, descartável. E a atestar este raciocínio está o facto indiscutível de que o desemprego aumenta de uma forma nunca vista antes. A produção e o lucro estão à frente da necessidade de o ser humano obter a sua realização através da actividade produtiva, criativa.
Vem este preâmbulo a propósito do facto de os funcionários da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos passarem a ser controlados através de sistemas biométricos – mais um neologismo tecno-capitalista – que lêem as impressões digitais. Este sistema irá controlar a assiduidade dos trabalhadores, ao que dizem. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre este tema. Segundo os princípios sobre a utilização de dados biométricos, no controlo de acessos e assiduidade dos trabalhadores, aprovados – imagine-se! - pela Comissão Nacional da Protecção de Dados, a lei reconhece que o sistema se integra no âmbito dos poderes de controlo da entidade responsável pelo tratamento destes dados.
E não ficamos por aqui: o secretário de Estado da Saúde assinou, em Setembro, um despacho que determina a implementação do controlo de assiduidade biométrico nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Claro, como não podia deixar de ser, esta solução é vista com alguma reserva por parte dos sindicatos. Pelo meu lado, não existe reserva de espécie alguma, mas antes uma condenação liminar. É este o Estado e o poder que desejamos para os nossos cidadãos? Um novo Big Brother orwelliano?
Vem este preâmbulo a propósito do facto de os funcionários da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos passarem a ser controlados através de sistemas biométricos – mais um neologismo tecno-capitalista – que lêem as impressões digitais. Este sistema irá controlar a assiduidade dos trabalhadores, ao que dizem. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre este tema. Segundo os princípios sobre a utilização de dados biométricos, no controlo de acessos e assiduidade dos trabalhadores, aprovados – imagine-se! - pela Comissão Nacional da Protecção de Dados, a lei reconhece que o sistema se integra no âmbito dos poderes de controlo da entidade responsável pelo tratamento destes dados.
E não ficamos por aqui: o secretário de Estado da Saúde assinou, em Setembro, um despacho que determina a implementação do controlo de assiduidade biométrico nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde. Claro, como não podia deixar de ser, esta solução é vista com alguma reserva por parte dos sindicatos. Pelo meu lado, não existe reserva de espécie alguma, mas antes uma condenação liminar. É este o Estado e o poder que desejamos para os nossos cidadãos? Um novo Big Brother orwelliano?
Não nos pomos a pau não demora muito os tipos controlarem as quecas que damos na mulher, quantos cigarros fumamos, quantas vezes urinamos, eu sei lá.....
ResponderEliminarAliás o controle é visível: câmaras de video-vigilância por tudo o que é sítio (só falta nas retretes públicas), se passas nas portagens pela via verde estás a ser controlado, num qualquer super-mercado de meia tijela lá está a porra da câmara, no trabalho é tudo controlado, até as idas ao WC, agora os funcionários públicos vão ter essa treta dos biométricos. Como dizia o outro "que mais nos irá acontecer"....
Que haja segurança, que este mundo está a ficar uma merda, aceito. O mais grave, são os tipos aproveitarem-se da situação para cometerem estes atropelos às liberdades mais elementares, ou seja à nossa privacidade.
A segurança ou a sua falta tem, a meu ver, ligações à base sócio-cultural de um povo ou de um país. Assim sendo, quanto mais atrazado (socialmente, culturalmente e economicamente) for o povo, mais insegurança existe, o que de resto interessa ao capital e seus lacaios.
Boas Festas
Subscrevo tudo o que o Ferroadas escreveu.
ResponderEliminarRealmente só falta enfiarem-nos uma câmara no cú para ver quantos quilos de resíduos tóxicos temos no intestino grosso.
Deixamos de ser cidadãos livres com direito à privacidade para passarmos a ser uma peça na engrenagem desta máquina trituradora das vontades e consciências a favor dos interesses puramente mercantilistas de lucro empresarial.
Saudações do Marreta.
Será que também vai ser implementado para as altas chefias, ministros e ajudantes e na Assembleia da República? Gostava de saber se os ditos também se vão sujeitar aos mesmos meios de controlo.
ResponderEliminarCumps
um bom natal e saúde.
ResponderEliminarDistraíram-nos a apontarem que o Big Brother viria do outro lado e,afinal, quando damos por ela, o Big Brother vem do lado deles: dos liberais amantes da liberdade deles!
ResponderEliminarUm abraço escondido
Amigo Savonarola:
ResponderEliminarDesejo-te um Natal Feliz e que o Ano-Novo seja portador apenas de BOAS-NOVAS, para ti e toda a tua família! :)
Boas Festas e Feliz Natal, com muita harmonia e felicidade.
ResponderEliminarJofre Alves
http://couramagazine.blogs.sapo.pt/
http://couramagazinefoto.blogs.sapo.pt/
Uma breve passagem para deixar os meus votos de Feliz Natal.
ResponderEliminarAbraço do Zé
CAro Anarquista,
ResponderEliminarO "Big Brother orwelliano" vai-se instalando por todos os lados e pareque que só temos refugio, dos olhares e controleiros de todo o tipo, nesse espaço interior que é a nossa alma. Infelizmente com esta hiper-iconografia do mundo e da imagem acabamos por nos tornar também, em iconos de nós proprios num mundo vazio e cheio de nadas . Passo TAMBÉM para lhe deixar a amizade e os votos de FESTAS FELIZES.
Um abraço
António Delgado
para combater este estado totalitario apelo aos mantes da liberdade para que assumam a desobediencia cívil e a destruição de tão maquiavélicas máquinas. Há sempre um acidozinho que faz o seu trabalho
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