Como anarquista, tenho defendido a ideia de que será através de um amplo movimento de massas que o sistema capitalista actual poderá, algum dia, cair. No nosso país temos assistido a um crescendo destes movimentos populares nos últimos tempos. Por muito que vá - e estou certo de que vai! - contra a vontade do poder instituído, a partir do momento em que as pessoas adquirem determinado grau de consciencialização, não há caminho de regresso. De regresso à pura e simples alienação.
Vêm estas ideias na sequência da manifestação que a CGTP organizou ontem em Lisboa, contra o possível agravamento do Código do Trabalho. O Carvalho da Silva – talvez dos últimos símbolos de um sindicalismo que tende, segundo ele mesmo pensa, a entrar em declínio – referiu, perante os milhares de pessoas presentes na manif, o princípio do tratamento mais favorável. Este princípio, definido no Código do Trabalho, estabelece as garantias mínimas abaixo das quais não é possível negociar. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre esta manifestação, retirada do jornal Público.pt.
Outros dos temas que esteve na base desta manifestação e que mais preocupa as pessoas é a precariedade do trabalho. Esta é, certamente, uma das questões mais chocantes do regime capitalista sob o qual vivemos. O tipo de contrato, ou a sua ausência, que as empresas, o patronato e o próprio Estado preferem é aquele em que o indivíduo deixa de contar como pessoa e passa a ser mero número. Peça duma máquina que o vai triturar, enquanto indivíduo supostamente livre numa sociedade, ela também, supostamente livre. Supostamente. Por tudo isto, a manifestação, a luta.
Vêm estas ideias na sequência da manifestação que a CGTP organizou ontem em Lisboa, contra o possível agravamento do Código do Trabalho. O Carvalho da Silva – talvez dos últimos símbolos de um sindicalismo que tende, segundo ele mesmo pensa, a entrar em declínio – referiu, perante os milhares de pessoas presentes na manif, o princípio do tratamento mais favorável. Este princípio, definido no Código do Trabalho, estabelece as garantias mínimas abaixo das quais não é possível negociar. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente sobre esta manifestação, retirada do jornal Público.pt.
Outros dos temas que esteve na base desta manifestação e que mais preocupa as pessoas é a precariedade do trabalho. Esta é, certamente, uma das questões mais chocantes do regime capitalista sob o qual vivemos. O tipo de contrato, ou a sua ausência, que as empresas, o patronato e o próprio Estado preferem é aquele em que o indivíduo deixa de contar como pessoa e passa a ser mero número. Peça duma máquina que o vai triturar, enquanto indivíduo supostamente livre numa sociedade, ela também, supostamente livre. Supostamente. Por tudo isto, a manifestação, a luta.
Será pela insatisfação causada pelo desemprego, pela precariedade e pelos baixos salários que aqueles senhores irão caír do poleiro, porque com as oposições tão enfraquecidas, isto não muda.
ResponderEliminarBom fim de semana
Abraço do Zé
Muda, muda, é só querer-mos. Para isso há várias fases, temos de nos manter unidos, organizados, pacientes e sobretudo militantes. Na altura do voto, saber quem defende ou não os nossos interesses. Somos nós que temos de decidir, pois somos nós que produzimos riqueza. A chave está nas nossas mãos.
ResponderEliminarAbraço
Tiro o chapéu a Carvalho da Silva e curvo-me perante os que enchem as ruas! Enquanto houver gente que sofra na pele os desmandos dos poderosos, haverá luta. Pode é adquirir formas e organizações diversas.
ResponderEliminarPor enquanto, ainda há sindicatos e as ruas mostram a sua força!
Viva a CGTP
A precaridade instutuída do trabalho é uma das piores coisas deste capitalismo selvagem que nos impõem!
ResponderEliminarComo se pode organizar uma vida, pensar em ter crianças, ter paz de espírito, se o essencial não tem uma base estável onde se fixe?!
Como sempre, contra esta exploração a Igreja remete-se ao silêncio cúmplice.
Feliz final de semana!
Amigo Jorge Borges,
ResponderEliminarSe quiseres passar, com a ajuda das vossas palavras, arranjei acácias rubras e muita amizade para vós.
Um abraço Pró-AN
Um abraço de apreço pelos textos e pela temática abordada com grande qualidade, Boa semana.
ResponderEliminarSavo:
ResponderEliminarTrabalho precário não é trabalho, é dupla exploração!
Um abraço para ti.
Jorge P.G.
Concordo com o que o Zé Povinho diz. Com a oposição que temos não há governo que caia. Será a insatisfação generalizada que fará tombar tudo isto.
ResponderEliminarBeijinhos
Contra o trabalho precário, a luta... Sempre!
ResponderEliminarUm Abraço
Jorge!
ResponderEliminarPrimeiro: O coment acima "webcam" é um vírus bem resistente, não clique em nada, apenas o exclua, só você pode fazer isso!
Quanto ao belo e oportuno texto que postastes, digo que o neoliberalismo consegue piorar as relações de trabalho! Cria no trabalhador a ilusão de que o emprego é pouco e portanto o melhor a fazer é ceder, praticamente todos os seus direitos para preservá-lo. É como se os patrões estivessem realizando um favor ao manter os coitados empregados... (aumento salarial, então...)
Abraços!
Caminhamos para uma sociedade onde os direitos, liberdades e garantias de Abril parecem estar cada vez mais longe do que então se pretendia. Contra a precariedade, a servidão, a exploração teremos de lutar. Sempre!
ResponderEliminarBeijinhos
Quando vai terminar a exploração do homem pelo próprio homem?
ResponderEliminarSaudações anarquistas.