Como anarquista, luto contra o poder instituído e contra o Estado, tendo em vista construir uma sociedade mais livre e democrática. Desta forma, não tenho hesitado em denunciar todas as artimanhas usadas pelo governo e diferentes órgãos de soberania, partidos políticos incluídos, no sentido de impedir a construção dessa sociedade por que anseio. O anarquismo bombista já teve a sua época. O anarquismo moderno, tal como o entendo, utiliza as armas dos conceitos e das ideias para fazer valer os seus pontos de vista. Esta é a minha forma de luta.
Vem esta introdução a propósito do facto de o Portas ter defendido ontem o recrutamento especial de 4000 efectivos para a GNR e PSP, a instalação de videovigilância nos “bairros problemáticos” e o cumprimento integral de penas nos crimes “mais graves” como formas de combater a criminalidade violenta. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu Contracorrente, retirada do jornal Publico.pt, para que possam ter uma ideia mais completa do contexto em que estas afirmações foram produzidas.
Finalmente, uma direita assumida! Porque o PSD tem andado, nesta matéria da criminalidade violenta, muito brando para com este governo de bloco central que, no fundo, gostaria de ser. Ora, o governo socialista não tem andado com meias-medidas no que diz respeito à segurança interna, reforçando o papel do Executivo em matérias que deveriam pertencer ao Judicial, como é já do conhecimento geral. E então, não é que vem a direita, ainda, exigir mais autoritarismo de um Estado que já dispõe dele em abundância? Esta manobra da direita mais não fará do que permitir ao Sócrates dizer o quão democráticos os socialistas são, afinal.
Vem esta introdução a propósito do facto de o Portas ter defendido ontem o recrutamento especial de 4000 efectivos para a GNR e PSP, a instalação de videovigilância nos “bairros problemáticos” e o cumprimento integral de penas nos crimes “mais graves” como formas de combater a criminalidade violenta. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu Contracorrente, retirada do jornal Publico.pt, para que possam ter uma ideia mais completa do contexto em que estas afirmações foram produzidas.
Finalmente, uma direita assumida! Porque o PSD tem andado, nesta matéria da criminalidade violenta, muito brando para com este governo de bloco central que, no fundo, gostaria de ser. Ora, o governo socialista não tem andado com meias-medidas no que diz respeito à segurança interna, reforçando o papel do Executivo em matérias que deveriam pertencer ao Judicial, como é já do conhecimento geral. E então, não é que vem a direita, ainda, exigir mais autoritarismo de um Estado que já dispõe dele em abundância? Esta manobra da direita mais não fará do que permitir ao Sócrates dizer o quão democráticos os socialistas são, afinal.
Olha, instalem videovigilância nos gabinetes desses tipos e de vez em quando passem-na nas TV's para o pessoal se rir um pouco.
ResponderEliminarDe quem são as empresas de segurança?
A quem pertencem as empresas que fabricam ou comercializam essas merdas?
Isto está tudo interligado, quanto mais "insegurança" mais alguém enche a carteira. É como as guerras, a quem interessam? aos fabricantes e vendedores de armas, claro.
Abraço
Porque não pedem de vez o regresso da PIDE ou algo similar?!
ResponderEliminarBoa semana.
Fica bem.
ResponderEliminarautoritarismo para a direita não é ofensa. pelo contrário, será uma preocupação, um objectivo e até uma bandeira política mais ou menos declarada, conforme o partido.
ResponderEliminaralém disso, certas medidas de vigilância e controle passam bem na opinião pública sem se pôr em causa o autoritarismo da medida. é preciso um trabalho prévio de preparação para se conseguir isto, mas parece que o fizeram bem porque não se vê grande contestação por aí
o implacável Portas um dia destes fecha a porta...
ResponderEliminarJorge!
ResponderEliminarAmigo, é desta forma que eles acabam sempre mostrando sua verdadeira face...
Abraços!
A questão do nº de polícias é uma arma política que o partido único PS/PSD de vez em quando usa para baralharar a população e a juntar o CDS a gritar a dizer que existe.
ResponderEliminarA questão não é número, mas sim, os meios, as leis e a organização.
Porque é que NUNCA são presos os que efectuam os grandes crimes económicos? A execpção, foi, Vale e Azevedo, mas, mesmo esse de forma muito atabalhoada.
O caso Casa Pia é algo de surreal.
Mexem nos Códigos para servir interesses, tanto, económicos como criminais.
Existe de facto, e são os próprios magistrados a dizer que existe uma justiça para os pobres e outra para os ricos.
Portanto isto está muito bem manietado.
Logo o essencial não é o número de polícias.
Abraço,
Zorze
Uma coisa é para mim inquestionável: há que acabar com a ladroagem desenfreada, de alto a baixo!
ResponderEliminarSe uns roubam para comer, outros o fazem para terem facilmente o que terceiros ganharam honradamente e com muito suor.
Cuidado, pois, com generalizações teóricas e tiques perigosos de "revolucionarite aguda", a menos que se queira um país de assaltos e assaltantes.
Não é mais poder para o governo que pretendo, mas a aplicação correcta do poder para a protecção do povo honrado.
Um abraço.
A resposta do desgoverno do Estado a que isso chegou está dada em forma de Secretário-Geral do Sistema de Segurança Interna com poderes para controlar as polícias. O cerne da questão é aquele «controlar» e as implicações e os caminhos, por vezes tortuosos, que pode trilhar. Será, como alguém disse em lapsus linguae, «uma faca de dois legumes». Há um risco evidente de governamentalização do cargo, independentemente da personalidade que o ocupa, e até, algum grau de inconstitucionalidade a pôr em causa a separação entre poderes. As intenções são boas, à priori, mas o Inferno está cheio disso. Já agora uma pergunta inocente ao “Paulinho das Feiras”: será que pagou as 60.000 (sessenta mil!) fotocópias que fez quando deixou de ser ministro, ou temos que chamar a polícia? Boa semana com tudo de bom.
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