quinta-feira, 21 de agosto de 2008

De regresso ferozmente neoliberal

Nas palavras do Francisco Louçã, "o primeiro-ministro voltou de férias e escolheu, no primeiro dia do último ano do seu mandato, falar de desemprego e prometeu que agora sim, o seu governo quer resolver o problema, está empenhado, até tem uma solução". Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no Contracorrente, retirada do jornal Publico.pt, para mais pormenores. E então, pergunto eu, que solução é que o Sócrates inventou desta vez para resolver este tão grave problema do desemprego?

O Sócrates foi apresentar o grande projecto da PT, um enorme"call-center" localizado em Santo Tirso, que irá criar 1200 novos postos de trabalho. Só que estes novos trabalhadores serão submetidos ao tristemente conhecido sistema de trabalho precário. Os contratos serão celebrados por uma empresa de trabalho precário da própria PT, que contrata o trabalhador por um prazo certo, sem garantias de carreira.

Já que temos um "governo", seria importante que este governasse de acordo com o que seria lógico esperar dele: a imposição ao mercado de regras. Pelo contrário, aquilo a que continuamos a assistir é a um pacto Estado-empresas, no qual o factor trabalhador ou o factor cidadão foram deliberadamente excluídos. No seu regresso de férias, o Sócrates e o seu governo vêm mais ferozmente neoliberais do que nunca.

7 comentários:

  1. Quando o estado impõe regras de mercado que visem proteger o cidadão, isso é, socialismo sério, comunismo, em suma.

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  2. Que esperavas?
    Um Sócrates socialista, um Sócrates defensor do povo....

    Portugal escorrega para o abismo, penso que é altura (ainda iremos a tempo?) das massas populares se erguerem e chamarem a si os destinos do que resta do país.

    Abraço

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  3. "Nós que amamos a paz devemos organizarmo-nos tão efectivamente como os falcões de guerra. Enquanto eles espalham propaganda de guerra, nós devemos espalhar a mensagem do amor" Marthin Luther King

    Saude (A)
    Abraços

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  4. Dia após dia, como uma lenta nuvem de que não acompanhamos o movimento, o descaramento derrama os nossos direitos! Se nos calarmos, se não nos organizarmos, se não mobilizarmos, acabarão por decretar de novo a escravatura!
    Essa gente não age por bem!
    Um abraço anarquista

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  5. Como dizia o outro: já não há pachorra!
    Abraço.

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  6. Vêm com as baterias recarregadas para aplicarem mais medidas e políticas sociais daquelas a que já estamos habituados. Esperemos que para o ano, na altura própria, lhes descarreguemos de vez as baterias.
    Saudações do Marreta.

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  7. É o que se chama, um verdadeiro tiro nos pés.

    Abraço,
    Zorze

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