segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A crise do capitalismo

O capitalismo neoliberal já começou a apresentar brechas internas muito profundas, com esta recente crise global do sistema financeiro. No início, os governos tentaram minimizar a situação, mas cedo se deram conta de que o descalabro iria avançar muito depressa. Há que ter em conta que o sistema político e todas as mordomias a ele associado depende visceralmente do sistema económico. Por muito que os neoliberais economicistas defendam a teoria de que o Estado não deve - de forma nenhuma! - intervir no natural funcionamento de economia, viu-se agora quão errado eles estavam. Em desespero, os governos neoliberais começaram a interferir na esfera do económico, contradizendo os princípios por que se têm regido. Até o Sócrates alinhou com os grandes.

Como anarquista, a minha linha de acção é o combate ao poder e ao Estado, denunciando os seus erros e falácias e, em última análise, procurando demonstrar a sua inutilidade para a felicidade dos povos, para a plena realização de uma sociedade construída de e pelos cidadãos. Este desmoronar súbito e quase sem aviso do sistema financeiro capitalista pode e deve construir uma esperança para os povos de que nada permanece imutável e de que a Liberdade e a Democracia ainda estão ao alcance do povo.

9 comentários:

  1. Vai doer um bocado mas a cura muitas vezes tem destas coisas. Um analgésico para aliviar a crise talvez seja mesmo lutar. De agora em diante nada será como antes.
    Lutar para onde, eis a questão. A esquerda precisa de líderes, caso contrário acabarão sempre às turras uns com os outros - aconteceu a seguir a 74 e o resultado foi o que se viu. Exemplo paradigmático é o que está a acontecer com os professores.
    O capitalismo cai aos pedaços e não há alternativa consistente que se desenhe. Blogar é muito pouco.
    Um abraço desesperançado

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  2. Este porco anterior tira-me sempre as palavras da boca, ou melhor, os dígitos das teclas.
    É esse mesmo o grande problema, a alternativa forte e consistente que faz falta e que devia estar preparada para o ataque nestes momentos de debilidade do capitalismo selvagem.

    Saudações do Marreta.

    P.S.: Mudei de poiso. Agora estou em "marreta.wordpress.com".

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  3. www.gov.blogtok.com

    (tecldo sem lgums letrs)

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  4. Eu não lhe chamaria crise, antes estertor, último suspiro, talvez! Assim como está só demonstra que Keynes tinha razão, sem controlo tudo redunda em selvajaria.
    um abraço

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  5. caro jorge borges,

    infelizmente não parece que vá haver uma mudança de sistema económico. quando muito uns ajustes que o mais certo é serem temporários.

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  6. não acredito apesar deste descalabro que eles tenham emenda, porque por natureza são desastrados...


    abraço

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  7. ...De agora em diante nada será como antes.
    Lutar para onde, eis a questão.


    Também acho que o amigo PN está certo.

    Um abraço pró-AN

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  8. Mais uma vez o Capitalismo passa por uma crise,e mais uma vez o Estado intervém...lembrem de 29...lembrem que as mesmas medidas foram tomadas,por algum tempo duraram,e a econômia voltou ao que era anteriormente...nada mudará realmente...Em poucos anos,tudo voltará ao que era à 10 anos atrás... o Capitalismo é uma doença sem cura até que os infectados procurem suas vacinas!

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  9. Deixemo-nos de idealismos.

    O neoliberalismo SEMPRE agiu desta maneira.

    Os gastos são públicos,
    os benefícios, privados.


    Não andemos na carruagem da histeria do poder, que liga e desliga conforme lhe dá prazer, quenos faz seguir as notícias, como se as notícias representassem qualquer outra coisa que não a auto-imagem do próprio poder.


    Descalabro...
    O neoliberalismo, sistema capitalista (o que quiserem) vive disso.

    Ele precisa de escravatura e neo-escravatura, de hierarquias, de medo, de todas as ferramentas que possam permitir um maior controlo.

    Mais uma vez, consultem a história. As crises são fantásticas para o capitalismo. De cada vez que há uma crise, há rios de dinheiro que correm.

    Já agora, já pensaram o que é o dinheiro, como é que ele se cria, como é que ele aparece?

    Para rematar, avanço com uma solução mundial para a resolução da crise financeira internacional!
    Podemos ser os primeiros (os máióres!) a tomar uma boa medida para ajudar as finanças do sistema:

    Ora, é assim:

    1 - Comprem, comprem e comprem mais e muito.
    2 - Se não conseguem mais, endividem-se.
    3 - Endividem-se para pagar as vossas dívidas.
    4 - Tenham acidentes de viação, disparem armas de fogo, reciclem muito (gratuitamente e sem fazer perguntas, as privadas da reciclagem, agradecem)
    5 - Comam muita soja, que é quase toda transgénica, e os transgénicos são +90% da propriedade da Monsanto (estarão a apoiar um belíssimo monopólio!)
    6 - Façam muita caridade, juntem-se a várias OGN's, do tipo da AMI, SOS racismo e outras que tais, que servem para aparecer no ar, que são fashion até os media perderem o interesse.
    7 - Apoiem os governos. Digam que "votar é que é!" e "os abstencionistas são todos uns merdas duns preguiçosos!", que se lixe que são quase sempre a maioria em quase todos os países e têm tempo de antena = 0
    8 - Votem no do nariz comprido ou no da pele escura. No mais sexy ou no mais novo, mas por favor votem e moralizem! Obriguem todos a votar.
    9 - Ponham um "mas" em coisas universalmente tidas como fundamentais, ex: "Liberdade de expressão" - Todos podem dizer tudo o que quiserem, MAS se me disseres que não votas, ou que achas que o Bin Laden é sexy, já eras...


    Vá, já me diverti com um bocadinho de verborreia mental.

    Abraços

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