
Como anarquista, uma das minhas missões prioritárias é a denúncia dos erros cometidos pelo Estado e pelo poder. E eis que surge uma nova situação que prova a associação obscura entre os interesses do Estado e interesses empresariais, no caso Freeport, que envolve a figura do primeiro-ministro, o Sócrates. Segundo notícias recentes, o tio do Sócrates admitiu ter proporcionado o encontro entre o actual primeiro-ministro e um tal de Charles Smith, sócio da Smith & Pedro, empresa contratada para conseguir o licenciamento do Freeport, o “outlet” de Alcochete. Para mais pormenores, sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente, retirada do jornal Publico.pt.
Num DVD que está na posse das autoridades inglesas desde 2007, é possível ver-se uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do “outlet” de Alcochete e Charles Smith, onde é denunciado o pagamento de “luvas” ao ministro português envolvido no caso. O caso tornou-se público em 2005, quando uma notícia de um dos importantes órgãos de comunicação da nossa praça, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária que mencionava o José Sócrates como um dos suspeitos. Figurava como suspeito de ter assinado um decreto-lei, enquanto ministro do Ambiente, que possibilitava a construção daquela infra-estrutura, já anteriormente chumbada mais do que uma vez, por colidir com os interesses ambientais acordados entre Portugal e a União Europeia.
E o que é que disse o Sócrates, confrontado com toda esta situação? “Eu bem posso falar, porque era ministro do Ambiente. Embora não tivesse participado no licenciamento, o Ministério do Ambiente fê-lo obedecendo a todas as normas e exigências ambientais”. Não duvidamos de que o tenha feito, ilegalmente, encobrindo motivações empresariais. Mais uma vez, temos a prova de que o poder usa de todos os seus estratagemas obscuros para beneficiar interesses privados, saindo, por seu lado, beneficiado. Um escândalo para a clareza da democracia e para a vontade dos cidadãos, como sempre atropelada e vilipendiada. Encobrir, é a regra de ouro do poder e do Estado.
Num DVD que está na posse das autoridades inglesas desde 2007, é possível ver-se uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do “outlet” de Alcochete e Charles Smith, onde é denunciado o pagamento de “luvas” ao ministro português envolvido no caso. O caso tornou-se público em 2005, quando uma notícia de um dos importantes órgãos de comunicação da nossa praça, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária que mencionava o José Sócrates como um dos suspeitos. Figurava como suspeito de ter assinado um decreto-lei, enquanto ministro do Ambiente, que possibilitava a construção daquela infra-estrutura, já anteriormente chumbada mais do que uma vez, por colidir com os interesses ambientais acordados entre Portugal e a União Europeia.
E o que é que disse o Sócrates, confrontado com toda esta situação? “Eu bem posso falar, porque era ministro do Ambiente. Embora não tivesse participado no licenciamento, o Ministério do Ambiente fê-lo obedecendo a todas as normas e exigências ambientais”. Não duvidamos de que o tenha feito, ilegalmente, encobrindo motivações empresariais. Mais uma vez, temos a prova de que o poder usa de todos os seus estratagemas obscuros para beneficiar interesses privados, saindo, por seu lado, beneficiado. Um escândalo para a clareza da democracia e para a vontade dos cidadãos, como sempre atropelada e vilipendiada. Encobrir, é a regra de ouro do poder e do Estado.