
Terminado o dia de greve, seria de esperar a típica guerra de números entre governo e sindicatos. No entanto, inteligentemente, a CGTP, pela voz do seu secretário-geral, Carvalho da Silva, disse claramente “não entramos em guerras de números”. Foi desta forma que este dirigente sindical desmentiu a versão do governo de que a greve tinha sido apenas parcial e com efeitos limitados, ao mesmo tempo que deu exemplos de muitos sectores que pararam completamente ou funcionaram a meio gás. Sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu Contracorrente a este propósito.
Quando toda uma massa significativa de trabalhadores adere a uma greve geral, algo vai muito mal no governo do país. E os governantes, em vez de rebater com números e percentagens, deveriam tomar em linha de conta o que há de errado na sua política económica e laboral. Contudo, conhecendo a arrogância desta ditadura da maioria imposta pelo actual governo Sócrates-PS, o inverso é que seria de esperar e foi o que aconteceu: o poder nega cegamente o impacto da greve geral. Desta forma, mais uma vez se cava o fosso que separa os governantes do povo. De forma dramática.
Subscrevo inteiramente e aplaudo este teu post, mas receio que esta greve não tenha sido suficiente (nem pouco mais ou menos) para travar as nuvens cinzentas que se aproximam (outras já por cá passaram e continuam a passar) rapidamente e se preparam para derramar chuvadas intensas no panorama laboral português com grave prejuizo para os direitos e garantias conquistadas pelos trabalhadores ao longo de décadas de lutas.
ResponderEliminarUm abraço.
Grande parte dos trabalhadores do sector privado, embora garantido contitucionalmente, não tem um efectivo direito à greve - ai de muitos se a fizessem!
ResponderEliminarO que espanta, é que cada vez mais se questione o facto de uns a poderem a fazer e outros não.
Está ímplicito que se alguns dos trabalhadores do sector privado não podem fazer greve então deve-se limitar esse direito aos outros.
Isto é, acabar com o direito à greve: algumas medidas, têm sido tomadas nesse caminho!
A palavra de ordem é nivelar pelo mínimo!
Podem tentar silenciar o impacto desta greve mas ela marcou indiscutivelmente a vida deste dia neste país.
Uma abraço
O país continua a ser vendido a retalho e só a História julgará estes governantes.
ResponderEliminarPor muito que custe, só nas próximas eleições o povo poderá eficazmente responder. Até lá, não vejo jeito.
um abraço
É o JOGO DO RATO E DO GATO
ResponderEliminarOU então aquela do OSSO E O CÃOZINHO BEM MANDÁDO.
SENTA, QUIETO, REBOLA, LADRA.
BONITO CÃOZINHO MERECES O OSSO, LAMBE_TE LÁ NELE.
touaqui42
Também concordo com o que dizes, mas o futuro apresenta-se negro e a presidência portuguesa da UE vai discutir a flexigurança, que por cá já está reduzida à flexibilidade (para despedir) e a segurança só irá ser praticada em países civilizados (nós não estamos incluidos enquanto tivermos políticos e patrões como se vai vendo por aí).
ResponderEliminarAbraço
Olá Jorge. Como sabes sou funcionária Pública, na minha Instituição, um grupo inteiro que faz parte de um organismo privado dentro da minha Instituição,FEZ GREVE.Não foram contabilizados!
ResponderEliminarSomando pelo país fora os milhares a recibos verdes que idiologicamente eram pela greve e não a puderam fazer, pela sujeição de represálias mais que fascistas, imagina os resultados. Mais uma vez o qual não comprendo,os sindicatos não se uniram, já que os problemas sociais se reporta a todos sem distinção de partidos,todo o povo sente na pele as dificuldades da vida. Tenho falado com muita gente e os argumentos são idênticos.
Beijos Leo
Os números, sempre os números...
ResponderEliminaratestado de imbecilidade passado a todos nós, é o que é!
Chega-lhes!
Um abraço mais que pró-anarquista
Aplauso ao amigo Savonarola.,
ResponderEliminarDa generalidade dos comentários ressalta uma ideia derrotista. Claro que uma greve geral não muda o regime nem faz cair o governo, a não ser que seja mesmo geral e paralise o País durante vários dias seguidos. Ela foi uma vitória, tal como o têm sido muitas manifestações contra o fecho de maternidades, centros de saúde, urgências, escolas, TLEBS, taxas do multibanco, etc. A soberania pertence ao povo, tendo este, por isso muito poder. E é preciso que exija dos mandatários eleitos que sejam leais aos juramentos que fizeram e às promessas que fizeram para ganharem o nosso voto. É preciso não se resignar, e usar o seu direito de se manifestar contra os actos que considere indignos. O resultado há-de ver-se ao fim de um certo tempo. Não esquecer a sabedoria popular «água mole em pedra dura tanto bate até que fura» e «grão a grão enche a galinha o papo». A seara tem que amadurecer para depois ser colhida. Não tenhamos pressa em ver os resultados, mas não percamos tempo de braços cruzados. A luta é permanente e de longa duração Há que avançar de batalha em batalha até à vitória final.
Força Savonarola, continue tal como a água serena mas persistentemente.
Um abraço
Acredito na luta, em greves não, especialmente aqui nesta terra de energúmenos. Excelente post, boa semana.
ResponderEliminarComo podem os escravos do sector privado fazer greve? por muito que me custe, a paparoca para os filhos, e a prestação da barraca, para além dos tipos do supermercado não fiarem, leva-me a desculpar aqueles que queriam fazer e não puderam. Para esses vai o meu abraço revolucionário.
ResponderEliminarEu como sempre (já no tempo da ditadura fazia) fiz.
....proletários de todos os Países, univos......
Um abraço
Infelizmente, concordo com o Corcunda. No entanto, nada acabou. Pelo contrário.
ResponderEliminarSolidariedade!
M.
Cada vez se torna mais difícil fazer greve em Portugal, pois aumentam em cada dia que passa os trabalhadores a recibo verde que (muitos trabalhando para o estado), vêem diminuído o seu poder reivindicativo.
ResponderEliminarQuando um trabalhador sem qualquer tipo de regalias sociais (incluindo sub. de desemprego) vê ameaçado o seu posto de trabalho pela fila de desempregados que aguardam que dê um passo em falso, quando chega a hora da verdade dá prioridade ao posto de trabalho, ainda que precário.
Assim o governo bem pode anunciar vitórias nas lutas laborais mas com esta política só está a contribuir para a falência da segurança social. Quem já ganha tão pouco opta sempre por pagar a taxa mínima.