Como anarquista, a minha missão é denunciar todos os erros e abusos cometidos pelo poder e pelo Estado e é a isso que me tenho dedicado neste blogue. Ora, o semanário Sol noticiou ontem que o Alberto Costa, ministro da Justiça do governo Sócrates, alegando falar em nome deste, mandou transmitir aos magistrados do caso Freeport que, se insistissem no processo, poderiam ser objecto de “represálias”. O jornal indica ainda que terá sido Lopes da Mota, o português que preside ao Eurojust, a falar aos magistrados. O caso é de tal ordem que o Paulo Portas defendeu ontem, em declarações ao jornal Público, que o Alberto Costa deve dar explicações ao Parlamento sobre estas pressões, conforme poderão ver nesta notícia que publiquei no meu site Contracorrente.
A democracia portuguesa, sob este governo socialista, atingiu proporções verdadeiramente críticas e excepcionais. O poder Executivo já se permite pressionar o Judicial, para servir os interesses do poder instaurado. Desta forma, as fronteiras legítimas esbatem-se consideravelmente e acho que acabamos confrontados com uma situação totalmente escandalosa. O poder instaurado recorre a qualquer arma para defender os seus interesses e tudo se torna legítimo, como os ministros interferirem na esfera da Justiça sem qualquer pejo. É um processo que se agrava à medida que a maioria, confortavelmente instaurada, impõe a sua vontade, desrespeitando as próprias regras da democracia. Onde iremos parar?
domingo, 5 de abril de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
E o governo continua inerte
O governo continua a ignorar a realidade económica e social do país, prometendo apoios que depois não se concretizam. De acordo com esta notícia, as empresas do comércio e reparação automóvel reivindicaram ontem apoios financeiros do Estado e a diminuição da carga fiscal, para atacar a crise instalada em força no sector, que põe em causa 80 mil postos de trabalho. Segundo Jorge Neves da Silva, secretário-geral da ANECRA, “os números não mentem: em Janeiro deste ano, registou-se em Portugal uma quebra de de 43,1 por cento de venda de viaturas novas em relação ao mês homólogo de 2008, e isso ficou a dever-se, essencialmente, ao muito significativo aumento da fiscalidade automóvel”.
Como é que este governo pretende recuperar a economia, facto que tanto apregoa, se continua sem fazer nada em relação ao comércio a à indústria? Os tão propalados incentivos à economia servem para a propaganda governamental, mas não são postos em prática. Ficam letra morta, enquanto a economia, gradualmente se afunda. Como anarquista, não posso deixar de denunciar esta e tantas outras situações em que o governo apregoa, com fins propangadísticos, uma política e deixa cair essa mesma política no esquecimento. O Estado deveria servir para alguma coisa, especialmente neste momento de grave crise económica, mas continua inerte. Uma forte revolução precisa-se. E 80 mil postos de trabalho não é número que se possa ignorar.
Como é que este governo pretende recuperar a economia, facto que tanto apregoa, se continua sem fazer nada em relação ao comércio a à indústria? Os tão propalados incentivos à economia servem para a propaganda governamental, mas não são postos em prática. Ficam letra morta, enquanto a economia, gradualmente se afunda. Como anarquista, não posso deixar de denunciar esta e tantas outras situações em que o governo apregoa, com fins propangadísticos, uma política e deixa cair essa mesma política no esquecimento. O Estado deveria servir para alguma coisa, especialmente neste momento de grave crise económica, mas continua inerte. Uma forte revolução precisa-se. E 80 mil postos de trabalho não é número que se possa ignorar.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Abolição das taxas moderadoras na saúde

Como anarquista, não posso deixar de exigir o fim de todas as taxas moderadoras na saúde, tanto mais que vivemos em tempos de crise. Que total insensibilidade perante a situação económica actual das famílias permite um aumento das taxas moderadoras na saúde? Passamos todos a pagar mais, por automática e insensível portaria. Chegou o momento de dizer basta. O poder continua a exigir sacrifícios dos cidadãos, sem que estes se possam pronunciar, chegando desta forma aos balcões das secretarias e desembolsando mais e mais dinheiro para o Estado. Os figurões do Estado e do governo, esses, beneficiam de mordomias que não lhes tocam minimamente no seu dinheiro, enquanto o povo, este, empobrece. Chegou o momento de acabar com todas, repito, todas, as taxas moderadoras na saúde. Para bem da saúde da sociedade democrática.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Encobrir, a regra de ouro

Como anarquista, uma das minhas missões prioritárias é a denúncia dos erros cometidos pelo Estado e pelo poder. E eis que surge uma nova situação que prova a associação obscura entre os interesses do Estado e interesses empresariais, no caso Freeport, que envolve a figura do primeiro-ministro, o Sócrates. Segundo notícias recentes, o tio do Sócrates admitiu ter proporcionado o encontro entre o actual primeiro-ministro e um tal de Charles Smith, sócio da Smith & Pedro, empresa contratada para conseguir o licenciamento do Freeport, o “outlet” de Alcochete. Para mais pormenores, sugiro que leiam esta notícia que publiquei no meu site Contracorrente, retirada do jornal Publico.pt.
Num DVD que está na posse das autoridades inglesas desde 2007, é possível ver-se uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do “outlet” de Alcochete e Charles Smith, onde é denunciado o pagamento de “luvas” ao ministro português envolvido no caso. O caso tornou-se público em 2005, quando uma notícia de um dos importantes órgãos de comunicação da nossa praça, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária que mencionava o José Sócrates como um dos suspeitos. Figurava como suspeito de ter assinado um decreto-lei, enquanto ministro do Ambiente, que possibilitava a construção daquela infra-estrutura, já anteriormente chumbada mais do que uma vez, por colidir com os interesses ambientais acordados entre Portugal e a União Europeia.
E o que é que disse o Sócrates, confrontado com toda esta situação? “Eu bem posso falar, porque era ministro do Ambiente. Embora não tivesse participado no licenciamento, o Ministério do Ambiente fê-lo obedecendo a todas as normas e exigências ambientais”. Não duvidamos de que o tenha feito, ilegalmente, encobrindo motivações empresariais. Mais uma vez, temos a prova de que o poder usa de todos os seus estratagemas obscuros para beneficiar interesses privados, saindo, por seu lado, beneficiado. Um escândalo para a clareza da democracia e para a vontade dos cidadãos, como sempre atropelada e vilipendiada. Encobrir, é a regra de ouro do poder e do Estado.
Num DVD que está na posse das autoridades inglesas desde 2007, é possível ver-se uma conversa entre um administrador inglês da sociedade proprietária do “outlet” de Alcochete e Charles Smith, onde é denunciado o pagamento de “luvas” ao ministro português envolvido no caso. O caso tornou-se público em 2005, quando uma notícia de um dos importantes órgãos de comunicação da nossa praça, a escassos dias das eleições legislativas, divulgou um documento da Polícia Judiciária que mencionava o José Sócrates como um dos suspeitos. Figurava como suspeito de ter assinado um decreto-lei, enquanto ministro do Ambiente, que possibilitava a construção daquela infra-estrutura, já anteriormente chumbada mais do que uma vez, por colidir com os interesses ambientais acordados entre Portugal e a União Europeia.
E o que é que disse o Sócrates, confrontado com toda esta situação? “Eu bem posso falar, porque era ministro do Ambiente. Embora não tivesse participado no licenciamento, o Ministério do Ambiente fê-lo obedecendo a todas as normas e exigências ambientais”. Não duvidamos de que o tenha feito, ilegalmente, encobrindo motivações empresariais. Mais uma vez, temos a prova de que o poder usa de todos os seus estratagemas obscuros para beneficiar interesses privados, saindo, por seu lado, beneficiado. Um escândalo para a clareza da democracia e para a vontade dos cidadãos, como sempre atropelada e vilipendiada. Encobrir, é a regra de ouro do poder e do Estado.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Finalmente, a recessão!
Finalmente, a recessão está aí! Parece que nunca mais desemburrava, mas agora já é pública, até que enfim! Digo isto porque, como anarquista, há muito tempo que tenho reparado que temos estado a viver em recessão económica e não tenho sido só eu a reparar nisto, como todos os cidadãos. Os únicos que têm ignorado este facto têm sido os governantes e os senhores do poder. Naturalmente, não lhes convinha dar sinais negativos à sociedade, para que esta continuasse a viver num doce engano.
Foi preciso que o Banco de Portugal fizesse o anúncio público do estado da nossa economia, para que o facto que tornasse real, palpável, face à classe política. Na terça-feira, foi divulgado o Boletim de Inverno do Banco de Portugal, que referia que o nosso país já se encontrava em recessão técnica nos últimos meses do ano passado e que, em 2009, iria entrar em recessão económica. Ao observar a imediata reacção dos políticos, este facto parecia uma novidade. Já se dizia que era preciso tomar medidas para enfrentar a situação e o próprio Teixeira dos Santos, o das Finanças, falou logo em elaborar um Orçamento suplementar para este ano.
O que é facto é que nós, os portugueses, já andamos a sentir na pele esta recessão desde há bastante tempo. As empresas fecham, o desemprego aumenta, o rendimento das famílias encolhe. Estas têm sido as realidades com as quais o povo tem vivido, independentemente de haver ou não uma recessão declarada. Não é necessário tornar público e oficial um facto que já era vivido, e bem duramente, pelas populações. O que é espantoso neste caso é que o anúncio oficial da recessão económica tenha desperto as consciências do poder. Que já sabiam do facto, bem entendido.
Foi preciso que o Banco de Portugal fizesse o anúncio público do estado da nossa economia, para que o facto que tornasse real, palpável, face à classe política. Na terça-feira, foi divulgado o Boletim de Inverno do Banco de Portugal, que referia que o nosso país já se encontrava em recessão técnica nos últimos meses do ano passado e que, em 2009, iria entrar em recessão económica. Ao observar a imediata reacção dos políticos, este facto parecia uma novidade. Já se dizia que era preciso tomar medidas para enfrentar a situação e o próprio Teixeira dos Santos, o das Finanças, falou logo em elaborar um Orçamento suplementar para este ano.
O que é facto é que nós, os portugueses, já andamos a sentir na pele esta recessão desde há bastante tempo. As empresas fecham, o desemprego aumenta, o rendimento das famílias encolhe. Estas têm sido as realidades com as quais o povo tem vivido, independentemente de haver ou não uma recessão declarada. Não é necessário tornar público e oficial um facto que já era vivido, e bem duramente, pelas populações. O que é espantoso neste caso é que o anúncio oficial da recessão económica tenha desperto as consciências do poder. Que já sabiam do facto, bem entendido.
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