quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Greve histórica dos professores


Como seria de esperar neste tipo de conflito de interesses, a greve dos professores de ontem foi alvo de posições diferentes quanto aos números de adesão. O Ministério da Educação admitiu que a greve teve o que designou por "adesão significativa", de 61 por cento, e que a paralisação obrigou ao encerramento de 30 por cento das escolas do país. No entanto, o balanço do Ministério ficou longe dos números da Plataforma Sindical de Professores, segundo a qual a paralisação foi a maior de sempre no sector, com uma adesão de 94 por cento. Para mais pormenores sugiro a leitura desta notícia, que publiquei no meu site Contracorrente, extraída do jornal Publico.pt.

A Plataforma Sindical dos Professores anunciou, em conferência de imprensa, que esta greve teve o que designou como uma participação "histórica". "É a maior greve de sempre dos professores em Portugal, salientou Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma e secretário-geral da Fenprof, que recordou a paralisação de 1989 como a segunda maior depois desta e onde os números se ficaram pelos 90 por cento. Mário Nogueira escusou-se a comentar os números avançados pelo governo. "Nem sequer os discutimos, o que nós registamos daquilo que foi dito pelo governo foi que pela primeira vez teve a capacidade de dizer que estávamos perante uma greve significativa".

Pondo de lado esta típica guerra de números, na qual o governo aposta em minimizar a magnitude deste movimento laboral, a conclusão que podemos tirar desta greve dos professores é que se criou um fosso entre a atitude arrogante do poder e a luta de todo um vasto conjunto de profissionais que exigem peremptoriamente o respeito pelos seus direitos. A alternativa a este, como a todos os modelos autoritários de poder, encontra-se nos movimentos contestatários que percorrem horizontalmente a sociedade. Esta teria sido a ocasião para um governo democrático reconhecer que errou e agir em conformidade com esse facto. No entanto, o governo PS continua agarrado à sua confortável maioria absoluta, permitindo-se ignorar, desta forma, as vozes do povo que o elegeu.

6 comentários:

  1. Estranha interpretação da democracia: a vontade do povo soberano, neste caso, da quase totalidade dos professores, nada conta, sobrepondo-se-lhe a vontade da ministra que, apoiada nos números da maioria, teima em impor, como se estivéssemos em ditadura, o seu capricho. Governa contra os professores e não com os professores. Como espera ela cumprir as missão do ensino? Qual o benefício para os alunos com o atrofiamento dos professores por uma professora complexada?
    Gostava que alguém me explicasse a diferença entre esta democracia a prazo e uma ditadura. Será que a diferença é porque agora há eleições? E qual é a vantagem delas quando resulta numa maioria absoluta, que é usada com arrogância, autoritarismo, braços-de-ferro, etc?
    Abraço
    João

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  2. O Governo que não tem o apoio dos intelectuais não tem grande futuro. Uma ministra que diz "perdemos os professores, ganhámos a opinião pública" perdeu uma peça fundamental da educação, sem uma peça fundamental não há educação, sem educação não há futuro, sem futuro não há país.
    Valha-nos que eles já perderam: nada será como dantes!
    Um abraço educado

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  3. pessoalmente, revolto-me contra uma atitude tão arrogante, tão inadequada a um partido que costuma ser mais "macio" com questões sociais; não se entende que esta intransigência se prolongue ao limite do desentendimento... falta bom senso nesta esquadrilha de arrogantes e vão pagar por isso.

    parabens pela clarividência...

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  4. O governo ao contrário do que tenta mostrar, não está nada preocupado com a educação e ensino em Portugal, pois se assim fosse não estaríamos na situação em que estamos.

    Beijinhos

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